maio 18, 2012

NOVO ROMANCE DE PAULO LINS

Alguns anos depois do sucesso Cidade de Deus, o escritor Paulo Lins resgata momentos da formação da cultura brasileira através do samba, do candomblé e da umbanda e do modo de vida nacional no Rio de Janeiro na década de 1920. O autor conta a história de diversos personagens envolvidos na fundação do primeiro bloco de Carnaval, da escola de samba Deixa Falara primeira escola de samba do Brasil, fundada no Rio de Janeiro, em 1928. Moradores e frequentadores da zona do baixo meretrício do Rio trazem ao leitor a realidade das ruas naquela época. Prostituição, relacionamentos conturbados, sexo, violência, fé e ritmo. Assim foi o samba fazendo escola e pedindo passagem.


DESDE QUE O SAMBA É SAMBA apresenta a Pequena África que é a região que inclui Estácio, Cidade Nova, Rio Comprido, Zona Portuária e Catumbi. Uma zona onde moravam os negros que vieram da Bahia e trabalhadores do cais do porto do Rio de Janeiro. Um gueto, onde também viviam portugueses imigrantes, espanhóis e árabes.

Na entrevista para o GloboNews, o autor dá seu testemunho sobre a superação da "doença da meia-noite", conforme dizia Egar Allan Poe. E mostra satisfação em lançar agora este novo e cativante romance pela Editora Planeta, cheio de ginga, cuja capa tive o privilégio de criar. O vermelho e o branco, dominantes na ilustração, eram as cores oficiais da Deixa Falar. Como também compõem, junto com o preto, a identidade cromática do Seu Zé Pelintra e do Exu Tranca-rua, entidades da nova religião. O samba e a umbanda nasceram no mesmo terreiro de candomblé.

5 comentários:

Anônimo disse...

Maravilha fazer arte com um texto que "canta, reflete e brinca" samba!
Parabéns! a capa está musical!

Publiquei uma resenha em parceira com Maria Lucia de um livro que você criou imagens brilhantes!
Abraços saudasos,
Alcione
http://blogdoprolij.blogspot.com.br/

Bruno Porto disse...

Linda capa, Negro! Se puder faça um post sobre o making of dela, com as decisões, escolhas de repertório, feedback do autor e editora (para um tão esperado livro)!

Mauricio Negro disse...

Bruno, agradeço as sugestões e comentários. A repercussão dessa capa tem sido boa, assim me disseram lá na Planeta. Fico contente, pois mexemos e remexamos várias vezes nessa capa. Afinando e desafinando também. No final, as expectativas foram atendidas. Era de se esperar que todos ficassem atentos. É um romance do Paulo Lins há anos aguardado. E que será certamente traduzido em outras línguas. Bem como, oxalá, vire filme!

Mauricio Negro disse...
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Mauricio Negro disse...

Alcione, tudo bem? Chamar de musical melhor crítica impossível! Valeu mesmo. Li agora sua resenha sobre o livro do meu amigo Guarani Olívio Jekupé. Obrigado de novo. Vou encaminhar o link para ele, OK? Saudades dos prolijianos! Abraços!