Alguns anos depois do sucesso Cidade de Deus, o escritor Paulo Lins resgata momentos da formação da cultura brasileira através do samba, do candomblé e da umbanda e do modo de vida nacional no Rio de Janeiro na década de 1920. O autor conta a história de diversos personagens envolvidos na fundação do primeiro bloco de Carnaval, da escola de samba Deixa Falar, a primeira escola de samba do Brasil, fundada no Rio de Janeiro, em 1928. Moradores e frequentadores da zona do baixo meretrício do Rio trazem ao leitor a realidade das ruas naquela época. Prostituição, relacionamentos conturbados, sexo, violência, fé e ritmo. Assim foi o samba fazendo escola e pedindo passagem.
DESDE QUE O SAMBA É SAMBA apresenta a Pequena África que é a região que inclui Estácio, Cidade Nova, Rio Comprido, Zona Portuária e Catumbi. Uma zona onde moravam os negros que vieram da Bahia e trabalhadores do cais do porto do Rio de Janeiro. Um gueto, onde também viviam portugueses imigrantes, espanhóis e árabes.
Na entrevista para o GloboNews, o autor dá seu testemunho sobre a superação da "doença da meia-noite", conforme dizia Egar Allan Poe. E mostra satisfação em lançar agora este novo e cativante romance pela Editora Planeta, cheio de ginga, cuja capa tive o privilégio de criar. O vermelho e o branco, dominantes na ilustração, eram as cores oficiais da Deixa Falar. Como também compõem, junto com o preto, a identidade cromática do Seu Zé Pelintra e do Exu Tranca-rua, entidades da nova religião. O samba e a umbanda nasceram no mesmo terreiro de candomblé.
5 comentários:
Maravilha fazer arte com um texto que "canta, reflete e brinca" samba!
Parabéns! a capa está musical!
Publiquei uma resenha em parceira com Maria Lucia de um livro que você criou imagens brilhantes!
Abraços saudasos,
Alcione
http://blogdoprolij.blogspot.com.br/
Linda capa, Negro! Se puder faça um post sobre o making of dela, com as decisões, escolhas de repertório, feedback do autor e editora (para um tão esperado livro)!
Bruno, agradeço as sugestões e comentários. A repercussão dessa capa tem sido boa, assim me disseram lá na Planeta. Fico contente, pois mexemos e remexamos várias vezes nessa capa. Afinando e desafinando também. No final, as expectativas foram atendidas. Era de se esperar que todos ficassem atentos. É um romance do Paulo Lins há anos aguardado. E que será certamente traduzido em outras línguas. Bem como, oxalá, vire filme!
Alcione, tudo bem? Chamar de musical melhor crítica impossível! Valeu mesmo. Li agora sua resenha sobre o livro do meu amigo Guarani Olívio Jekupé. Obrigado de novo. Vou encaminhar o link para ele, OK? Saudades dos prolijianos! Abraços!
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