Nos anos 1970, Loyola escrevia crônicas para o Jornal Última Hora. Durante a ditadura, desconfiava-se de tudo e de todos. Sob tal tensão, seus textos viravam contos. Irônicos, cínicos, irreverentes, loucos, críticos, absurdos, profundos. Homens que viram barbantes. Mulheres que contam janelas. Gente que atravessa vidros. Um big-brother poético. O de Orwell, naturalmente. Achei interessante explorar o nonsense geométrico e as ilusões de ótica, à maneira do holandês Escher. Evitei assim explicitar a violência e a repressão. Somente insinuando o real. Na mesma levada dos contos.
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