julho 07, 2008
CABEÇAS DE SEGUNDA-FEIRA
Segunda-feira foi o dia escolhido para postar este gouache, capa e verso de mais um romance de Ignácio de Loyola Brandão. Trata-se de uma releitura da clássica pintura a óleo sobre madeira – Jardim das Delícias Terrestres – pintado por Hieronymus Bosch entre 1503 e 1504. Demorei meses a fio para converter o intrincado painel num Paraíso pop contemporâneo. Percebi que essa ilustração se encaixaria bem com o conteúdo do livro e com a expectativa do Loyola para a capa. O mesmo hedonismo, luxúria, distorções morais e tentações já constavam da pintura original. Para os voyeurs de plantão sugiro clicar na imagem para conferir os detalhes.
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5 comentários:
Essa visita ao universo dramático e pungente do mestre Bosh foi muito proveitosa, com suas figuras sombrias e dramáticas. O ser humano é mesmo um animal ambíguo. Poderimos chamar de surrealista barroco?.
Parabéns pelo trabalho, ficou maravilhoso.
abs
Cárcamo
A dúvida permanece, Cárcamo. O debate sobre a obra e intenções do Bosch é quente. Tem quem o chame de surrealista medieval, de mestre do grotesco sarcástico como os italianos da Renascença, mero criador de monstros e quimeras, recriador do folclore e metáforas bíblicas, investigador do subconsciente ou um tradutor didático da moral daqueles tempos. Sei lá, mas é um troço à parte!
Abraço grande!
Genial esse trabalho, Maurício. O Inácio deve ter adorado...
Abraço,
Lelis
Lélis meu caro,
entre todos os briefings que recebi do Loyola, este foi o mais divertido. Me disse que para essa capa eu devia mesmo era cair na sacanagem! Rssss...
Bendito e feito!
Abração!!!
Também me impressionou muito sua entrevista, postada em seu blog, concedida à DCL. É curioso quando a mesmice cai por terra. Nunca imaginei (eu e uns 99% das pessoas) na minha total falta de sensibilidade, ir à França e não trazer papéis e pincéis finos. parabéns.
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