janeiro 11, 2011

NÓS SOMOS SÓ FILHOS!

A Zit Editora lançará em breve este delicado poema de Sulamy Katy, escritora Potiguara do litoral da Paraíba. Sobre suas origens a autora já lançou MEU LUGAR NO MUNDO (Ática, 2004), ilustrado por Fernando Vilela. NÓS SOMOS SÓ FILHOS! enfoca a percepção nativa, tradicional entre povos indígenas, sobre os laços que a tudo e a todos envolve. Compartilha com o leitor a regência dos ciclos, nexos e forças natureza. Emociona e faz pensar. Principalmente nos tantos artifícios, tão carentes de equilíbrio, que temos adotado para viver. Para converter esse texto sensível em livro, não caberiam fronteiras muito rígidas.




NÓS SOMOS SÓ FILHOS! tinha que virar um picture book, em que texto e imagens pudessem brotar juntos. Graças à autonomia concedida pela editora, procurei montar um chassi de projeto gráfico para entrelaçar o texto original – sob recortes e proporções variadas – com ilustrações intuitivas, feitas com pincel e cores diversas. O livro foi planejado para ter 32 páginas, ao longo das quais pude distribuir o texto em pequenos fragmentos. Todas as pinturas foram feitas sem esboço ou ideia prévia. Apenas me deixei levar pelo fluxo e pelos motes oferecidos por cada trecho do poema. As pranchas foram depois digitalizadas, tratadas e ajustadas para as dimensões do livro e necessidades do projeto gráfico.

janeiro 05, 2011

OUVIRAM DO IPIRANGA


Mas aquelas águas não foram tão plácidas assim. Pelo menos, até a versão final do Hino Nacional Brasileiro. Que o diga o verde-louro dessa flâmula!

Num dia de arrumação, Beatriz recebe um presente do avô. Uma batuta que pertenceu a Francisco Manuel da Silva, autor da música do Hino Nacional. Ao dizer as palavras mágicas “Ouviram do Ipiranga” três vezes, a batuta ganha vida e conta à menina toda a história do hino. O livro OUVIRAM DO IPIRANGA, de Marcelo Duarte, será relançado pela Panda Books em 2011. Além de revelar o significado de cada palavra da letra do Hino Nacional, a obra apresenta passagens históricas e curiosas relacionadas à criação da letra. Também traz a letra do Hino Nacional Brasileiro, do Hino da Independência e da Proclamação da República, biografias dos personagens mencionados na obra (Dom Pedro I, por exemplo) e as novas ilustrações, que fiz misturando técnicas e materiais.


A imagem da rinha de galos ilustra a peleja musical entre o Padre José Maurício – mulato, filho de uma escrava e mestre da Capela Imperial desde 1808 – e o maestro Marcos Antônio Portugal – célebre autor português de óperas de sucesso – que desembarcou no Brasil com a Família Real em 1811. O título mais importante de música na época era justamente o de mestre da Capela Imperial. Equivaleria a ser regente da orquestra imperial.