novembro 30, 2007

Maravilhas das Mil e Uma Noites


As quatro capas dessa coleção têm cores e desenhos diferentes, elaborados a partir de alguns ornamentos árabes tradicionais. Assim, o design de capa apenas sugere o conteúdo dos livros. As ilustrações internas foram inspiradas nas linhas e curvas de temas decorativos e simbólicos, persas sobretudo, anteriores ao Islã.

Dar-Nar


"Dar-Nar, um ifrite peludo e cheiroso como um camelo, cheio de olhos desconexos de víboras, imensos molares numa queixada de javali e garras enormes, com as quais carrega o príncipe Kamarozaman e a princesa Budur." Mais uma, das mil e uma.

novembro 27, 2007

Cabeça Feita


Esta é a primeira pirogravura que fiz, logo após retornar da França. A mulher negra de grandes olhos verdes me ocorreu ainda por lá, mas ganhou o penteado fractal no avião e o arremate final aqui em São Paulo. Participou inclusive do IlustraBrasil! 3. O pirógrafo da foto, esquecido por uns vinte anos, pifou logo em seguida. Baseado nessa imagem, tenho trabalho em novas figuras desse gênero, refinando a técnica e abordagem.

novembro 26, 2007

Brasil-folião, de Fátima Miguez



As duas gravuras - o capoeirista que é ele próprio um instrumento e a máscara de Cazumbá, personagem do Reisado do Nordeste - também foram feitas para o livro de poesias sobre festas populares brasileiras, escrito pela Fátima Miguez e recém-lançado pela DCL.

novembro 23, 2007


Mais uma para as MIL E UMA NOITES, criada para ilustrar a fantástica história de Zobeida. Embora feita em técnica mista, pretendi manter alguma rusticidade que a pirogravura sempre proporciona. A mulher negra sinuosa sob a pele de uma serpente é uma ifrita do deserto.

novembro 21, 2007


O Jogo de Amarelinha acima, pirogravado e manipulado digitalmente, foi feito para a empresa homônima que se dedica à criação e à produção editorial na área educacional. Em breve estará disponível para download como descanso de tela no respectivo website.

novembro 15, 2007

Mil e Uma Noites (Editora FTD)


A odalisca cheia de véus foi feita em técnica mista para uma adaptação de um clássico para jovens, feita com todo o capricho e sensibilidade por Luiz Antonio Aguiar, batizada de "Maravilhas das Mil e Uma Noites". Fiz as ilustrações e colaborei também no projeto gráfico dos quatro volumes que compõem a obra.

novembro 12, 2007

Não verás país nenhum

Um projeto gráfico diferenciado feito para celebrar os 25 anos de uma ficção visionária. O livro, editado em vários países e premiado na Itália, teve o miolo impresso em papel pólem e foi refilado apenas no topo e na base. Tem lombada em tecido e traz um encarte especial, em quadricromia e papel reciclado, com os rascunhos, recortes de jornais e revistas, anotações e desenhos que abasteceram o autor. E ainda exibe todas as edições anteriores. A capa dura foi serigrafada em duas cores sobre papel paraná, a partir das raízes de mangue seco pirogravadas sobre esse mesmo suporte. O design rústico condiz com a questão ambiental, alicerce essencial da obra.

novembro 08, 2007

A Fazenda Distante, de Pierre-Marie Beaude (Edições SM)


Fiz as pirogravuras da capa e do mapa do continente africano, para situar a região da Namíbia onde se passa esta história, que trata da travessia da infância para a vida adulta. No coração da África, o protagonista aprende sobre as leis dos homens e dos animais. Há uma leoa, que segue seus passos bem de perto. Amadurecem juntos. E mais juntos ainda os coloquei.

Leréias, de Valdomiro Silveira (Martins Fontes)


Antes de Guimarães Rosa, o paulista e descendente de bandeirantes Valdomiro Silveira já incorporava o dialeto caipira em sua literatura. Ele mesmo era um legítimo caboclo. Em Leréias, cada narrador conta a sua ou as histórias alheias, com as próprias palavras. Fez um retrato mais digno do caipira, na época muito marcado pelo pejorativo Jeca Tatu, famoso personagem do Monteiro Lobato.


Ilustrações para a Revista Terra feitas para um artigo sobre a diversidade das plantas encontradas nas florestas do Rio Negro, cujas propriedades medicinais ainda foram pouco estudadas, conforme registros do Dr. Dráuzio Varella e equipe.

novembro 05, 2007

>>>>> PARECE QUE FOI ONTEM




Ilustrei diversos livros de temática indígena, escritos por Daniel Munduruku. Este foi o primeiro. É um projeto de memória afetiva, sobre a vivência na intimidade da floresta, sobre a transmissão oral do conhecimento compartilhado ao redor da fogueira e, em especial, sobre a percepção da unidade que perdemos no contexto urbano. Lançado pela Global Editora, as pirogravuras originais estarão na mostra expositiva LINHAS DE HISTÓRIAS, no Sesc Belenzinho, de 13/07 a 28/08/2011.

Sobre os Munduruku, cujo nome significa formigas-gigantes, pesquisei suas tradições, situação geográfica, arte plumária, cestaria e pintura corporal. E tirei uma licença poética para recriar as personagens, detalhes e cenários. A colorização foi feita com pigmentos naturais e anilinas. A pasta de urucum veio do Acre, produzida pelo povo Ashaninka. E o sombreamento de algumas imagens foi feito com a queima da própria gravura.

É primeiro livro bilíngüe – português-munduruku – que temos notícia. Isso representou um desafio técnico de tradução e transcrição fonética e ortográfica. Inclusive em termos de editoração eletrônica, especialmente com relação à acentuação de consoantes.

novembro 04, 2007

Brasil-folião, de Fátima Miguez (Editora DCL)




As pirogravuras feitas para este livro foram baseadas nas obras de referência fornecidas pela editora. Cada ilustração busca estabelecer uma conexão poética entre os poemas e as pinturas reunidas pela autora. Além dos pigmentos orgânicos, utilizei lantejoulas, paina e outros materiais reaproveitados.

novembro 03, 2007

A primeira estrela que vejo é a estrela do meu desejo, de Daniel Munduruku (Global Editora)


As histórias de amor aqui reunidas e recontadas fazem parte da memória de diferentes povos indígenas brasileiros. Algumas são mais conhecidas do grande público. Outras tem um frescor delicioso. Cada uma delas exigiu um tratamento diferente na ilustração, sempre afinada com a tradição respectiva. É primeiro volume de uma série chamada Antologia dos Mitos Indígenas. Em breve será lançado o segundo volume também ilustrado com pirogravuras, que trará histórias de origem. E o terceiro livro terá o terror como mote.